2015/04/24

O NAM está na origem do MUSEU DO ALJUBE- RESISTÊNCIA E LIBERDADE que se ianugura em 25 de Abril de 2015

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória - NAM enviou hoje um convite e a seguinte informação aos seus associados relativamente à inauguração, amanhã, 25 de Abril de 2015, pelas 19h, do "Museu do Aljube - Resistência e Liberdade" (fica em Lisboa, ao lado da Sé).
Quem queira saber mais sobre a acção desenvolvida desde 2005 pelo NAM para que este museu fosse criado e também sobre outras iniciativas do NAM pode ir aqui ao blog MEMÓRIAS e com um clique escolher no índice do lado direito o evento e fotos.
 
 MUSEU DO ALJUBE - RESISTÊNCIA E LIBERDADE

Estão todos convidados e convocados para a inauguração, em Lisboa, do “Museu do Aljube – Resistência e Liberdade”, às 19 horas do dia 25 de Abril. 
Lembramos que o museu do Aljube foi o primeiro e mais importante objectivo da luta do NAM em prol da MEMÓRIA, gorado que estava o objectivo da Sede da ex-PIDE que esteve na origem do Movimento, em 2005. 

Lembremos                          “O CAMINHO PARA O ALJUBE”: 

2006-07-01 – Artur Pinto, ex-preso político do Aljube, fundador e dirigente do NAM, organizou em nome do Movimento, uma concentração junto ao edifício do Aljube com a presença de mais de uma centena de ex-presos políticos, familiares e amigos. Desta concentração resultou um abaixo-assinado onde se exigia a ” recuperação do edifício do Aljube como local de memória da resistência ao fascismo.”
Este documento foi assinado por 56 ex-presos políticos e acompanhou a petição do NAM com mais de seis mil assinaturas, entre as quais as dos ex-presidentes Jorge Sampaio e Mário Soares. Nela se exigia a salvaguarda dos locais de memória da resistência antifascista e foi entregue, ao então Presidente da AR, Dr. Jaime Gama.                     (Um clique nas fotos amplia-as)



2006-07-26 Deu entrada na Assembleia da República a petição/abaixo-assinado.

2006 –    Várias representações do NAM reuniram com todos os grupos parlamentares da AR e com o seu presidente para explicar os objectivos do Movimento, com particular destaque para a criação do museu no Aljube.
houve da parte de todos um claro apoio.  

2007–03–08  - Relatório, excelente, do deputado Marques Júnior sobre a petição aprovada pela Comissão de Assuntos Constitucionais Liberdades e Garantias. 

2007-03–31 – Debate da petição no Plenário da AR. Vale a pena ler o Diário da Assembleia da República que o relata e observar as intervenções dos vários partidos. (O debate está aqui: Link 

2008–03–26  Da petição do NAM resultou a aprovação pela AR, por unanimidade, da Resolução n.º 24/2008 que recomenda ao governo e demais autoridades nomeadamente:

1) Apoio a programas de musealização, como a criação de um museu da liberdade e da resistência, cuja sede deve situar-se no centro histórico de Lisboa (antiga instalação da Cadeia do Aljube), enquanto pólo aglutinador que venha a configurar uma rede de núcleos museológicos….”  

2006 a 2008 – A direcção do NAM teve encontros com o presidente da CML, António Costa e com o então ministro da Justiça, Alberto Costa, para a criação do Museu do Aljube. Houve da parte de ambos total receptividade. Do presidente da CML para assumir a remodelação do edifício, e assumir a tutela do futuro museu. Do ministro da Justiça, ex-preso político do Aljube, para transferir os serviços do seu ministério que ocupavam o edifício. 

2009-04-25   Assinatura de um protocolo entre a CML e o NAM para realização de uma grande exposição no Aljube, uma parceria do NAM com o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC-UNL) e a Fundação Mário Soares (FMS) e que seria um ensaio para o futuro museu.

A FMS foi a principal responsável pelos meios logísticos e organizativos, a parte conceptual em que a FMS e o NAM participaram teve como principal protagonista o IHC da UNL, dirigido por Fernando Roas e no qual como investigadora e membro da direcção do NAM teve importante papel a historiadora Irene Pimentel.
Além disso o NAM foi o responsável pelo projecto que obteve o apoio financeiro da Comissão das Comemorações do Centenário da República e ainda angariou junto de sócios e amigos mais de 40 mil euros para a exposição e obras no edifício. A exposição, em 2010 e 2011 foi um êxito.

2013 – A direcção do NAM é surpreendida pela criação de um Conselho Consultivo para a instalação do museu que tem uma Comissão Instaladora com representantes da CML, da FMS, do IHC-UNL e ainda, o futuro director que veio a ser o historiador Luís Farinha, Henrique Cayatte e Domingos Abrantes mas ninguém do NAM.

O NAM e Vários dos seus activistas fazem parte do grupo de 23 “Personalidades” cujo primeiro nome é o do historiador António Borges Coelho, sócio honorário do NAM e a nossa associação faz parte do conjunto de 14 organizações que compõem o Conselho Consultivo mas este nunca foi… consultado! O NAM a entidade que está na origem do museu foi assim, sem qualquer explicação, surpreendentemente, excluído da Comissão instaladora.

2015– 04-17 – Foi organizada pela CML uma visita guiada dos membros do Conselho Consultivo ao museu. Na reunião final quer Irene Pimentel quer Raimundo Narciso, fizeram observações sobre o futuro museu e este na qualidade de presidente da direcção do NAM (2014-16) deu conta de ter havido surpresa e desagrado pela não participação do NAM na referida Comissão Instaladora. 

Aqui chegados o NAM pretende fortalecer as relações com a CML e desenvolver uma cooperação frutuosa com o museu e o seu director.
O museu poderá ter e terá seguramente, um importante papel para que “Não Apaguem a Memória” da luta gloriosa contra a ditadura e pela Liberdade, uma luta que afrontou terror, torturas e assassinatos, levada a cabo por muitos milhares de portugueses que não se submeteram ao regime fascista de Salazar e Caetano.
O Museu poderá ser um importante instrumento na formação cívica, em especial dos jovens. O NAM está empenhado em dar o seu melhor contributo, em cooperação com todas as entidades e pessoas que prossigam os mesmos fins para que se tire o máximo partido deste importante museu municipal.
Raimundo Narciso
Presidente da Direcção do NAM     
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Nota: as 4 primeiras fotos são no exterior do Aljube, durante a concentração convocada por Artur Pinto, na 3ª vê-se, o historiador António Borges Coelho, sócio honorário do NAM, a falar para a assistência que enche as traseiras do Aljube, na 4ª vê-se a falar Edmundo Pedro, sócio honorário do NAM, ex-presso político que começou pelo campo de concentração do Tarrafal, aos 17 anos durante 10 anos, com o pai, Gabriel Pedro,  na 5ª , no gabinete do presidente da AR, da esquerda para a direita o deputado Osvaldo de Castro (de costas) presidente da Comissão Parlamentar de ACDLG, sócio do NAM, já falecido, Raimundo Narciso, presidente da Direcção do NAM, Nuno Teotónio Pereira, sócio honorário do NAM,  Lúcia Ezaguy Simões, vice-presidente da Direcção do NAM, Maria Barroso associada do NAM e que todos conhecem, Jaime Gama, presidente da AR. Na última foto Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da CML.